Taça: Liberdade no regresso ao Jamor
Dom maio 20, 2012 11:07 am
Ainda não havia televisão a cores em Portugal quando, em 1969, a Académica pisou pela última vez o relvado do Jamor para disputar a final da Taça. Também não foi possível assistir a preto e branco à derrota com o Benfica, uma vez que o regime não autorizou a transmissão televisiva, quebrando a regra de anos anteriores.
Em plena crise estudantil, como ficou conhecido o movimento dos universitários contra a ditadura, o Presidente da República Américo Tomás já tinha sido ‘apertado’ num acto público em Coimbra e preferiu nem comparecer ao jogo no Estádio Nacional, furando outra tradição.
Nas mais altas esferas do Estado Novo, já com Marcelo Caetano como Presidente do Conselho em substituição de Salazar, adivinhava-se nova acção dos estudantes pela liberdade, depois de a equipa de futebol ter aderido aos protestos na meia-final em Alvalade: frente ao Sporting, os jogadores da Académica deixaram o tradicional ‘traje’ negro nos balneários e surgiram em campo vestidos de branco, em sinal de luto.
Não foi a última ousadia contra o regime – na final exibiram-se cartazes contestatários nas bancadas –, mas nunca mais os homens de Coimbra ultrapassaram os ‘leões’ na Taça de Portugal, que hoje (17h) volta a juntar os dois clubes para a discussão do troféu.
Desta vez a Académica jogará de preto, pois o Sporting acedeu a alinhar de calções brancos em vez dos pretos que caracterizam o seu equipamento tradicional. E a final, inédita nos 73 anos de história da competição, será alvo de transmissão televisiva a dobrar: na RTP1 e na SportTV1.
Fonte: SOL
Em plena crise estudantil, como ficou conhecido o movimento dos universitários contra a ditadura, o Presidente da República Américo Tomás já tinha sido ‘apertado’ num acto público em Coimbra e preferiu nem comparecer ao jogo no Estádio Nacional, furando outra tradição.
Nas mais altas esferas do Estado Novo, já com Marcelo Caetano como Presidente do Conselho em substituição de Salazar, adivinhava-se nova acção dos estudantes pela liberdade, depois de a equipa de futebol ter aderido aos protestos na meia-final em Alvalade: frente ao Sporting, os jogadores da Académica deixaram o tradicional ‘traje’ negro nos balneários e surgiram em campo vestidos de branco, em sinal de luto.
Não foi a última ousadia contra o regime – na final exibiram-se cartazes contestatários nas bancadas –, mas nunca mais os homens de Coimbra ultrapassaram os ‘leões’ na Taça de Portugal, que hoje (17h) volta a juntar os dois clubes para a discussão do troféu.
Desta vez a Académica jogará de preto, pois o Sporting acedeu a alinhar de calções brancos em vez dos pretos que caracterizam o seu equipamento tradicional. E a final, inédita nos 73 anos de história da competição, será alvo de transmissão televisiva a dobrar: na RTP1 e na SportTV1.
Fonte: SOL
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